Português
Gamereactor
especiais
Final Fantasy XII: The Zodiac Age

O Que Esperar de Final Fantasy XII: The Zodiac Age no PC

Conversámos com a Square Enix sobre a nova versão do jogo - e não só.

HQ
HQ

Final Fantasy XII terá tido um dos lançamentos mais ingratos da saga. Quando o RPG surgiu originalmente em março de 2006, a PlayStation 2 estava já no ciclo final de vida, e muitas atenções estavam já viradas para a Xbox 360 e a PS3. Em 2017 fez-se justiça quando a Square Enix libertou a versão The Zodiac Age para PS4 e Xbox One, o que permitiu ao jogo chegar a um público mais amplo, e em breve será lançada essa mesma versão para PC.

Mas o que terá motivado a Square Enix a modernizar este capítulo da saga? Hiroaki Kato, diretor do jogo, explicou-nos o porquê durante uma agradável conversa.

"Sentimos que o conteúdo do jogo ainda era muito apetecível para um público moderno, ainda que fosse necessária uma adaptação de alguns elementos do jogo. Pensámos em formas de tornar a experiência de jogo mais acessível, e também mais prática, para quem quisesse largar o jogo depois de sessões de jogabilidade mais curtas. Reduzimos os tempos do loading, implementámos saves automáticos, e acrescentámos um modo de velocidade rápida. Também permitimos que o mapa seja visível em tempo real em cima da interface, para uma navegação facilitada.

Publicidade:

Quanto ao grafismo, trabalhámos na melhor forma de o adaptar à alta definição, sem estragar ou modificar o ambiente e o estilo da versão original de PlayStation 2. O som foi todo redesenhado, e a banda sonora foi re-gravada numa atuação ao vivo, tudo com suporte para 7.1."

Quando o jogo foi relançado durante o ano passado, foi mais bem recebido por críticos e fãs do que foi aquando do lançamento original, altura em que dividiu algumas opiniões. Perguntámos a Hiroaki Kato qual o motivo para o maior consenso positivo desta vez.

"Penso que, na altura em que o jogo saiu na PS2, ainda não era tão comum a possibilidade de exploração de um mapa grande, mas esse tornou-se num dos géneros mais populares dos últimos anos. As modificações que fizemos, para modernizar a experiência de jogo, também terão ajudado a conseguir esse consenso. Acredito que, até mesmo os jogadores que tiveram a oportunidade de jogar o original, vão encontrar muitas coisas novas no mundo incrivelmente detalhado de Ivalice, penso que vão descobrir segredos que se calhar não descobriram à primeira."

"Também queremos que os jogadores desfrutem do sistema de experimentação e erro por trás do sistema que comanda a inteligência artificial dos companheiros [sistema Gambit]. Se por acaso tiverem problemas, podem encontrar alguma ajuda no guia Adventuring Hints."

Publicidade:

"Outra novidade importante é a opção de alta velocidade, e penso que podemos ver esse sistema noutros jogos no futuro. Depende do tipo de experiência que os produtores querem dar aos seus jogadores, mas sendo alguém que não tem muito tempo para jogar, iria apreciar mais jogos com um sistema de alta velocidade.

HQ

Embora seja um jogo de fantasia com elementos de ficção científica, Final Fantasy XII tem uma forte componente política no seio da estória. Foi uma abordagem mais adulta à narrativa, mas que não é necessariamente para repetir.

"Final Fantasy é uma série que se desafia a si própria para tentar coisas novas. Para o futuro, penso que vamos ver muitos mundos e estórias diferentes com cada edição, influenciados pelos tempos em que forem feitos, e pelas pessoas que os desenharem."

Uma das várias alterações feitas ao jogo, desde a versão original, foi a localização dos itens, algo que aparentemente se vai manter assim na versão de PC.

"Quisemos dar uma experiência de jogabilidade diferente, por isso mudámos a localização dos itens, mas também outros fatores. O sistema de combate foi redesenhado, e as estáticas dos monstros e das personagens também, e é por isso que não temos planos para regressar ao formato original. No design original era possível não obter a Ultimate Spear caso não recolhessem os itens necessários por ordem, mas mudámos isso. Agora pode ser sempre obtida, mas ainda com uma hipótese bastante reduzida."

O mundo de Final Fantasy XII é Ivalice, cenário que já foi palco de outros jogos da série, mas será que o vamos ver no futuro?

"Isso depende. Se os jogadores mostrarem interesse, acredito que vão ver Ivalice de novo, de uma forma ou outra.

Transportar Final Fantasy XII para a nova geração teve certamente os seus desafios, tal como esta adaptação para PC. Questionámos o diretor sobre as dificuldades que encontrou no processo.

"O Final Fantasy XII original foi desenhado com a noção de que iria correr a 30 frames por segundo, mas sabemos que os jogadores de PC apreciam jogos capazes de correr a 60 frames. Esse foi o nosso maior desafio, o de alterar algumas técnicas gráficas e sistemas do original, que corriam a 30 frames, para funcionarem de forma correta a 60 frames. Além dos 60 frames, acrescentámos suporte para monitores de 48:9, e compatibilidade com rato e teclado.

A nível de jogo, também incluímos um modo New Game Plus, disponível a partir de nível 90, e o New Game Minus, onde não sabem de nível. Isto deve permitir que os jogadores aprofundem ainda mais a sua experiência, e desfrutem de novas descobertas no mundo massivo de Ivalice."

A terminar, Hiroaki Kato justificou o facto de nunca ter sido feita uma sequela, com o facto da equipa ter assumido outros projetos, e refere que dificilmente voltará a trabalhar em remakes devido ao grande trabalho que exigem. Ainda assim, admite que gostaria de ver um remake de Final Fantasy V e Final Fantasy Tactics. Podem complementar este artigo com a nossa análise à versão PS4, e com a transmissão em português em baixo.

HQ
Final Fantasy XII: The Zodiac AgeFinal Fantasy XII: The Zodiac Age
Final Fantasy XII: The Zodiac AgeFinal Fantasy XII: The Zodiac AgeFinal Fantasy XII: The Zodiac AgeFinal Fantasy XII: The Zodiac Age

Textos relacionados



A carregar o conteúdo seguinte