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Dissidia Final Fantasy NT

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Pancadaria total entre as personagens de Final Fantasy.

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Final Fantasy é uma das maiores sagas de videojogos, responsável por dezenas de jogos (principais e alternativos) ao longo de três décadas. Então e qual é a melhor forma de celebrar este rico lote de universos e personagens? Juntá-los todos num jogo de porrada de três contra três, claro. É essa a proposta de Dissidia Final Fantasy NT, que tivemos a oportunidade de experimentar num evento recente nos escritórios da Square Enix em Londres.

Antes de começarmos, fomos presenteados com um tutorial, e ainda bem que assim foi, porque Dissidia Final Fantasy NT é um jogo algo confuso, com muitas variantes. Inicialmente chega a ser um pouco assustador, mas depois de termos compreendido tudo o que estava a acontecer, tornou-se mais fácil gerir as várias particularidades do jogo. A interface é particularmente confusa e intrusiva, retirada na íntegra da versão arcade japonesa, mas a Square Enix garantiu que essa interface será 'limpa' e simplificada antes do lançamento definitivo na PS4.

Em termos de movimento, Dissidia funciona mais como um jogo de ação na terceira pessoa do que um jogo de luta. As arenas são grandes e funcionam em 3D, e o jogador pode correr e saltar em todas as direções. Com L1 desviam-se de ataques, e com o R1 correm na direção de um dos oponentes. Esta última ação é particularmente útil para as personagens que são mais fortes no combate próximo.

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O sistema de combate tem várias particularidades. Com o X podem executar uma série de ataques rápidos no inimigo, mas ao contrário do que seria normal noutros jogos, estes golpes não reduzem a saúde do oponente. Em vez disso, estes ataques contribuem para o crescimento no nível de bravura da personagem, e cada uma entra em combate com um padrão de 1000 de bravura. Quanto maior for o valor de bravura, mais dano conseguem tirar ao inimigo, utilizando os ataques atribuídos ao quadrado. Por outras palavras, isto significa que têm de fazer um equilíbrio entre acumular bravura, e tentar danificar o oponente. Depois existem outras ações que vão ficando disponíveis ao longo do combate, e que podem ser executadas com o triângulo. Estes movimentos acrescentam mais valor tático, já que normalmente afetam os companheiros - subindo a sua bravura, por exemplo -, ou os inimigos.

Em cima disto tudo existem as invocações, que podem conhecer da maioria dos Final Fantasy. No mapa vão aparecer cristais que os jogadores podem partir, elevando uma barra específica que é partilhada pela equipa. Quando essa barra enche, podem executar invocar uma criatura extremamente poderosa. Para realizar a invocação, pelo menos um jogador tem de ficar parado a carregar num botão, e quantos mais jogadores se juntarem ao processo, mais rápido será. Estas criaturas são massivas, e podem causar grande dano ao adversário ou realizar vários efeitos poderosos. É novamente uma questão de risco e recompensa, já que embora estas criaturas possam desequilibrar um combate, estão a arriscar a vossa saúde enquanto realizam a invocação.

Os combates de Dissidia são frenéticos e intensos, com várias personagens a voarem pelo
ecrã. Sem o auxílio de uma mira fixa, que bloqueia o movimento do vosso lutador à direção do alvo, seria extremamente difícil navegar o combate. Para ganharem as partidas precisam de acabar com três vidas da equipa adversária, e vimos isso acontecer de várias formas. Alguns combates terminaram em 30 segundos, outros duraram bem mais tempo. Um elemento curioso é que os jogadores renascem depois de morrerem, o que significa que o mesmo jogador pode fazer a sua equipa perder o jogo se morrer três vezes. As personagens estão atribuídas a várias categorias, com estilos de combate distintos. Uns são melhores a combater à distância, outros são mais felinos, e alguns aguentam boas quantidades de dano, por exemplo. É um efeito de pedra, papel, tesoura, já que as classes podem ter vantagem contra outras classes, mas serão mais fracos contra outras.

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O grande atrativo é, naturalmente, a oportunidade de jogar com várias personagens da saga Fina Fantasy. Cloud de Final Fantasy VII; Garland de Final Fantasy; Kain Highwind de Final Fantasy IV; Terra Branford de Final Fantasy VI; Squall Leonhart de Final Fantasy VIII; Ramza Beoulve de Final Fantasy Tactics; Ace de Final Fantasy Type-0; Kefka Palazzo de Final Fantasy VI; Sephiroth de Final Fantasy VII; entre muitos outros. Os mapas são também inspirados em localizações desses jogos, e serão facilmente reconhecíveis pelos fãs.

Como já referimos, Dissidia Final Fantasy NT é um jogo caótico, com muito a acontecer no ecrã, mas é também um belo jogo. Graficamente existem aqui vários pontos positivos, desde as personagens, aos cenários, passando pelos efeitos das habilidades. A interface precisa realmente de ser trabalhada, como já referimos, resta ver de que forma a Square Enix a irá simplificar.

Só podemos dizer que estamos impressionados com Dissidia Final Fantasy NT, já que depois do caos inicial, revelou ser um jogo de luta divertido. Existem aqui muito a acontecer nas arenas, mas o jogo é relativamente acessível, e permite espaço para uma série de táticas e estratégias. E claro, existem naturalmente muitos pontos de interesse para os fãs de Final Fantasy, incluindo referências e surpresas. Se gostam de uma boa sessão de pancadaria, e são fãs da saga, vale a pena manter este debaixo de olho.

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