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FIFA 17

FIFA 17

O FIFA mais inesperado dos últimos anos.

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Para a próxima temporada virtual de futebol, a EA Sports e FIFA decidiram dar um salto surpreendente. O outrora muito promovido motor Ignite, que suportou FIFA 14, 15 e 16 na nova geração, foi descartado e substituído por Frostbite, o motor de jogo da DICE e de Battlefield. Foi uma notícia inesperada, mas não a única. FIFA 17 também vai inclui uma espécie de modo RPG, uma campanha chamada The Journey que irá acompanhar a carreira da jovem estrela fictícia, Alex Hunter. Até inclui escolhas nos diálogos ao estilo de Mass Effect, que podem afetar diversos elementos da experiência.

Aaron McHardy é o novo produtor de FIFA, e afirmou durante a apresentação que nunca esteve tão entusiasmado com um jogo da saga como este. Segundo McHardy, esta versão específica de FIFA está a ser construída há dois anos, o que de certa forma ajuda a explicar o desapontante FIFA 16. A mudança para o Frostbite permite, segundo o produtor, criar jogadores mais realistas e com maior rapidez. O novo motor até terá permitido expandir o jogo a outras áreas do futebol, e vai incluir balneários, salas de imprensa e até o avião da equipa.

O grito de guerra de FIFA 17 é "O Futebol Mudou", o que no contexto da EA Sports se refere à vontade da equipa em mudar vários elementos do jogo, incluindo exteriores. Por exemplo, Messi já não será a figura de capa de FIFA 17. No seu lugar não está uma nova estrela, mas quatro "embaixadores" e consultantes: James Rodríguez do Real Madrid, Eden Hazard do Chelsea, Anthony Martial do Manchester United e Marco Reus do Borussia Dortmund. O facto de serem já valores certos do futebol, mas ainda relativamente jovens, tornou-os ideais para esta função, segundo a EA Sports.

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Parte da função destes quatro jogadores passou por fornecer conselhos e experiência à EA Sports para que a componente de The Journey fosse credível. O produtor vai ao ponto de dizer que o novo modo é a maior adição de FIFA desde Ultimate Team Mode. Como devem calcular, o progresso em The Journey é semelhante aos modos carreira que vimos noutros jogos de desporto, introduzindo os jogadores a um jovem promissor que terá de batalhar e atravessar obstáculos para se afirmar no mundo do futebol. Neste caso específico, o jovem Alex Hunter é uma jovem promessa do Manchester United, que tem o sonho de brilhar em Old Trafford.

FIFA já tem um modo de carreira para um jogador há já algum tempo, denominado como Be a Pro, mas The Journey está mais próximo de algo como My Career em NBA 2K16 ou Fight Night Champion. Uma sequência que vimos mostrou Alex Hunter em conversa com o seu avó, enquanto no fundo as notícias referiam que a jovem promessa seria emprestado a outro clube. As escolhas que vão tomar em conversas com jornalistas, treinadores e colegas vão influenciar a tensão nos balneários e a relação com adeptos e dirigentes. Embora estas decisões tenham algum impacto, o maior factor decisivo para a carreira de Alex Hunter será a vossa performance dentro de campo. O jogo vai acompanhar o comportamento no relvado, servindo-se de várias estatísticas para apurar o vosso estilo de jogo e eficácia. Alguns exemplos de feitos que podem tentar cumprir são: "Impress the boss" (consegue uma assistência), "Break the Deadlock" (ganha um jogo), e "Go Ahead Goal" (marca o próximo golo). As indicações do treinador também serão em contexto com o vosso comportamento, e pode pedir-vos que tenham atenção ao timing das entradas se tiverem a falhar muitos cortes, por exemplo.

Na custa demonstração que a Electronic Arts nos mostrou, observámos um exemplo de Hunter a ser substituído, o jogador pode manifestar descontentamento ou até raiva. O mesmo aconteceu a seguir ao jogo, em conversa com a imprensa, com opções para lamentar o empate. The Journey promete ser uma proposta interessante para o jogador a solo, mas não deve retirar muitos jogadores a Ultimate Team Mode. A EA Sports preferiu, para já, não falar desse modo de jogo ou da Carreira normal de treinador.

O contacto físico entre jogadores está a ser trabalhado há vários anos pela EA Sports, e FIFA 17 não é exceção. As ações de proteção de bola são cada vez menos pre-definidas, e resultam agora do contexto da bola, dos jogadores e da força. Foi designado um novo botão para contactos físicos, tanto para o avançado guardar a bola, como para o defesa a proteger ou tentar ganhar posição. Outra mudança prende-se com as bolas paradas e bolas "mortas" (pelo ar), com maior liberdade para os jogadores tentarem posicionar-se. Também vão reparar que agora existe uma espécie de mira para apontarem a direção da bola nos pontapés de canto.

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A EA Sports promoveu ainda bastante um novo Sistema de Inteligência Ativa, referindo mesmo que é "fantástico e mudou o jogo". Algumas mudanças da jogabilidade foram evidentes, como a proteção da bola, mas o tempo que jogámos não nos permitiu realmente avaliar o comportamento da inteligência artificial. O único pormenor onde isso nos pareceu evidente foi no preenchimentos e nas desmarcações para os espaços abertos.

FIFA 17 ainda está num processo de desenvolvimento e tem muito que melhorar até lançamento, mas estamos intrigados com esta nova direção da EA Sports. Será particularmente interessante perceber todo o impacto que o Frostbite pode ter, dentro e fora do relvado. Os fãs de PS3 e Xbox 360 podem não gostar de saber que muitas das mudanças (como o modo The Journey e o motor Frostbite) não vão aparecer nas suas versões, mas isso deixa-nos esperançados para ver o que FIFA pode finalmente fazer numa versão desenhada de raiz para a nova geração.

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