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Star Wars Battlefront

Star Wars Battlefront - Rogue One: Scarif

Vale a pena investir na quarta expansão de Battlefront?

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Embora o lançamento de Star Wars Battlefront estivesse em proximidade com a estreia do filme Star Wars: O Despertar da Força, a EA e a DICE decidiram basear o núcleo do jogo na trilogia original de filmes. Foi uma aposta no conteúdo mais seguro, nos filmes que toda a gente conhece, e parece ter sido uma aposta ganha, porque o jogo tornou-se bastante popular.

Entretanto recebemos três expansões, e esta quarta injeção de conteúdo, Rogue One: Scarif, será a última expansão até o lançamento de Star Wars Battlefront 2. Parece-nos portanto lógico, que o jogo baseado nos episódios IV, V, e VI, termine com uma expansão baseada no filme que é basicamente a prequela para o episódio IV.

A expansão anterior, Death Star, introduziu uma série de novas batalhas espaciais, e Rogue One: Scarif inclui também bastante conteúdo desse género com uma mistura de vários modos. Vão começar a lutar no espaço, no papel de uma nave rebelde que tem de escoltar um U-wing através de um buraco nos escudos do planeta Scarif. O objetivo é tomar controlo de duas áreas no planeta e depois transportar três objetos muito importantes de volta para a nave. Os objetivos são naturalmente invertidos se jogarem no lado do Império.

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Enquanto na expansão Death Star era bastante evidente a função do jogador, em Rogue One: Scarif não é assim tão claro, e os modos de jogo parecem ter perdido foco com tantos ingredientes diferentes que a DICE juntou. É provável que necessitem de passar por algumas partidas confusas até que eventualmente comecem a perceber o que se passa e como podem agir de forma eficaz. Parece-nos um pouco contraditório criar uma expansão tão desnecessariamente complexa e confusa, quando o jogo em si não tem muita profundidade, sobretudo quando a maioria dos jogadores jogam como se fosse uma galinha sem cabeça. Ou seja, a menos que esteja com um grupo coordenado, podem esquecer qualquer tipo de intervenção tática e estratégica.

As secções em que vão voar através de entulho e Star Destroyers, são muito semelhantes ao que já vimos na expansão Death Star, embora os alvos e os cenários em si variem. Onde Scarif realmente brilha é no solo. O mundo em si é muito brilhante e vivo, e quase que nos sentimos divididos entre ir dar um mergulho no mar convidativo, ou ir à procura dos planos para a Death Star.

Scarif tem a sua própria vegetação, com enormes folhas que dificultam a visão à distância. Já as palmeiras são tão finas que os caminhos são facilmente navegáveis. É excelente para fazer emboscadas aos inimigos, ou tentar alguns atalhos para fugir do perigo. São mapas desenhados para um estilo de combate mais próximo, e isso torna a nova arma CA-87 numa verdadeira estrela. Um tiro bem dado à queima-roupa é suficiente para derrubar um oponente, e com este tipo de estrutura, isso vai acontecer com alguma frequência.

Isto não implica que os mapas sejam totalmente confinados. Existem enormes praias em campo aberto que oferecem algo muito diferente em termos de abordagem e táticas, e se não tiverem cuidado serão alvos fáceis para os atiradores. Os edifícios desta área (deliciosamente decorados e com o novo Tie Striker estacionado à porta) também oferecem algum espaço aberto ao seu redor, e as barreiras pequenas que os rodeiam podem ser aproveitados por quem tem perícia com granadas.

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Das quatro expansões de Star Wars Battlefront, Death Star ainda é a nossa favorita, mas Rogue One: Scarif não está muito atrás. Os níveis parecem ter sido bem pensados e testados, e são bastante divertidos. Igualmente importante é o facto de oferecem algo novo a Star Wars Battlefront, mas é uma pena que nem todos os jogadores possam desfrutar desta experiência. Ao contrário de outros jogos que já usam modelos financeiros alternativos, a EA continua a cobrar os jogadores por novos mapas e modos, e isso acaba por fragmentar os jogadores. Por outras palavras, o número de jogadores, e consequentemente partidas, disputadas nos novos mapas e modos são reduzidas. Este é um problema que perdura, inclusivamente nas expansões mais antigas como Bespin.

Como todas as outras expansões, Rogue One: Scarif também inclui duas personagens novas, neste caso a heroína Jyn Erso para os Rebeldes, e Orson Krennic para o Império. Embora não acrescentem nada de realmente novo (ao contrário de Chewbacca e Bossk na expansão anterior), são ambos divertidos de usar. Além das armas existe também uma nova Star Card, na forma de Sonic Imploder, que remove a visão da vítima e danifica as personagens mais próximas.

Rogue One: Scarif é um final digno para Star Wars Battlefront, mas é provável que continue a ser jogado por imenso tempo, no mínimo até ao lançamento da sequela. Esperemos que a EA baixe entretanto o preço do passe de época, para que as expansões fiquem mais acessíveis e o número de jogadores aumente. Scarif não está bem ao nível da expansão Death Star, que é o melhor conteúdo do jogo na nossa opinião, mas é suficientemente boa para merecer a vossa atenção se são jogadores de Battlefront.

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Star Wars BattlefrontStar Wars Battlefront
07 Gamereactor Portugal
7 / 10
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Excelente design dos mapas. Visualmente é impressionante. Batalhas espaciais são divertidas. Muito conteúdo novo.
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Os novos modos de jogo não estão incluídos nas playlists tradicionais. ERSO e Krennic não impressionam.
overall score
Esta é a média do GR para este jogo. Qual é a tua nota? A média é obtida através de todas as pontuações diferentes (repetidas não contam) da rede Gamereactor

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